Outubro Rosa: é hora de falar sobre o câncer de mama

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de mama é o tipo mais incidente em mulheres no mundo todo. A doença também é a causa mais frequente de mortes por câncer na população feminina. No Brasil, as taxas são maiores nas regiões mais desenvolvidas do país, como Sul e Sudeste, e menores na região Norte.

A incidência e a mortalidade por câncer de mama tendem a crescer progressivamente a partir dos 40 anos de idade, por isso, é muito importante que as mulheres a partir dessa faixa etária fiquem mais atentas e façam exames preventivos anualmente – como o exame clínico e a mamografia. Até o final de 2022, segundo o Inca, estima-se que ocorrerão 66.280 casos novos da doença no Brasil.

O que é o Outubro Rosa?

O mês de outubro é conhecido mundialmente com um mês de conscientização e prevenção ao câncer de mama, com diversas ações relacionadas ao diagnóstico precoce da doença. O movimento, conhecido como Outubro Rosa, é celebrado anualmente desde os anos 90. O objetivo da campanha é compartilhar informações sobre o câncer de mama e também sobre o câncer do colo do útero, promovendo a conscientização das mulheres sobre as doenças e incentivando um maior acesso aos serviços de diagnóstico, contribuindo para a redução da mortalidade. A seguir, esclarecemos os principais pontos e dúvidas mais comuns relacionadas ao câncer de mama:

Como acontece?

No câncer de mama, ocorre um desenvolvimento anormal (mutação) das células da mama, que se multiplicam repetidamente de forma rápida até formarem um tumor maligno.

Como detectar a doença?

Segundo especialistas, o sintoma mais fácil de ser percebido pela mulher é um caroço no seio. Também podem aparecer pequenos caroços embaixo do braço. Esses sinais podem ser detectados por meio do autoexame das mamas, mas é importante consultar um profissional de saúde imediatamente ao perceber alguma alteração – lembrando que nem todo caroço nas mamas ou axilas necessariamente será um câncer.

O autoexame serve como diagnóstico?

Não é bem assim. O autoexame das mamas, que é realizado pela mulher apalpando os próprios seios, ajuda muito no conhecimento do próprio corpo e pode ser um alerta de que algo está errado, mas não substitui o exame clínico realizado por um profissional de saúde. Caso a mulher observe alguma alteração nos seios, deve procurar imediatamente um serviço de saúde ou o médico de sua confiança. E mesmo que não seja encontrada nenhuma alteração pela mulher, é importante passar por exames de prevenção anualmente.

Como diagnosticar precocemente e ter mais chances de cura?

Toda mulher com 40 anos ou mais deve procurar um serviço de saúde público ou particular para realizar o exame clínico das mamas anualmente. Além disso, as mulheres com mais de 50 anos devem fazer pelo menos uma mamografia a cada dois anos, mesmo que não haja sintomas. A prevenção é o melhor caminho para o diagnóstico precoce da doença, o que aumenta muito as chances de cura!

Qual é a diferença entre exame clínico e mamografia?

O exame clínico é um exame mais simples das mamas, semelhante ao autoexame feito pela mulher, mas que é realizado por médicos ou enfermeiros treinados para diagnosticar qualquer problema. Se forem identificadas alterações no exame clínico, a paciente será encaminhada para um exame de raio-x mais específico, que é a mamografia – que permite descobrir o câncer quando o tumor ainda é bem pequeno e começar o tratamento no estágio inicial.

Quais são os fatores de risco?

O histórico familiar é considerado o principal fator de risco a ser observado. Se uma pessoa da família teve câncer de mama antes dos 50 anos, a mulher terá mais chances de desenvolver a doença. E quem já teve câncer em uma das mamas também precisa ficar atenta. As mulheres com maior risco devem tomar cuidados especiais, fazendo o exame clínico das mamas e a mamografia uma vez por ano.

Como prevenir a doença?

Manter hábitos saudáveis, com uma alimentação equilibrada, além de praticar atividades físicas regularmente e não fumar, são algumas dicas que podem ajudar na prevenção de várias doenças, inclusive, o câncer de mama.

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