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Você sempre atualizado com o que acontece na sua categoria Fast-Food!Veja as franquias que mais abriram e fecharam unidades em 2021, segundo a ABF
Entidade divulgou ranking das 50 maiores redes de franquias em operação no país, por número de unidades. Mudança no top 10 marcou ano
A Associação Brasileira de Franchising (ABF) divulgou nesta quarta-feira (16/2), os resultados do setor de franquias em 2021 e o ranking das 50 maiores marcas em operação no Brasil, em número de unidades. A entidade considerou o universo de quase 2 mil empresas associadas, que representam cerca de 80% do faturamento do setor. Diferentemente do ano passado, foi divulgada apenas uma lista, sem separação por microfranquias.
“Quando fazemos o retrato das 50 maiores, identificamos movimentos importantes. Primeiro, que as redes não apenas mantiveram, como aceleraram seus planos de expansão, resultando no expressivo crescimento do total de unidades do grupo e na elevação do piso de ingresso. De outro lado, alimentação, um dos segmentos mais tradicionais do setor, abriu espaço para outros ramos, incluindo B2B. Notamos também que muitas redes alavancaram seu crescimento com modelos alternativos de operação, principalmente home based e virtual”, afirma André Friedheim, presidente da ABF.
Diferentemente do ano passado, em que a ABF dividiu a lista entre franquias tradicionais e microfranquias, nessa edição a listagem é única. “Em 2020 foi uma primeira experiência, mas, nesse ano, com a elevação do teto de microfranquias [R$ 105 mil], o avanço dos modelos alternativos, a chegada de novos players, entendemos que o retrato ficaria mais sólido junto”, diz Friedheim. Ele também adianta que a entidade prevê fazer uma nova descrição no meio do ano.
O ranking tem 52 redes, devido a dois empates. O número de empresas com mais de 1.000 unidades subiu de 17, no ano passado, para 21. Isso também elevou a régua para que as marcas figurem no ranking: agora é necessário ter 406 franquias ativas, no mínimo — 29% acima do necessário no ano passado. A ABF identificou um aumento de 23% no número total de unidades que compõem o ranking, totalizando 55 mil franquias. Assim, redes como Sodiê Doces, Casa do Construtor e Clube Melissa saíram da listagem.
É expressivo o crescimento de redes de microfranquias, que operam em formato home based, como a novata +Ágil, fundada em 2020, e especializada em serviços financeiros, que teve a segunda maior variação do período (259%) e ocupa a 37ª posição (veja o ranking completo no fim do texto). No entanto, algumas empresas que trabalham com franquias maiores, como a Splash, da iGUi Piscinas, e a Odontocompany também apresentaram variação expressiva, de 364,2% e 63,6%, respectivamente.
A Splash, que teve a maior variação no número de unidades no ranking, ganhou força ao permitir que os franqueados iGUi fizessem a conversão de suas lojas para o modelo reduzido. “Nós sempre acompanhamos atentamente o movimento e as tendências do mercado de piscinas no Brasil e colocamos em prática estratégias de crescimento sustentável da rede iGUi como um todo. Entre essas estratégias, lançamos a marca Splash, oferecendo aos nossos franqueados e consequentemente aos nossos clientes, piscinas com a qualidade iGUi por um preço mais competitivo”, afirma o CEO da empresa, Filipe Sisson.
Já na Odontocompany, multifranqueados (franqueados que já tinham unidades da rede e resolveram abrir mais clínicas) representaram 62% das inaugurações em 2021, segundo o presidente e fundador da marca, Paulo Zahr. Além disso, dar autonomia para as diretorias da marca, que lidam diretamente com franqueados e candidatos, foi outra fórmula que ajudou a impulsionar o crescimento, na visão do fundador. “Esse processo de cada diretor ter a autonomia de fazer acontecer é o que faz o negócio andar. É isso que faz uma empresa grande, não só a parte de cima.”
Metade do top 10 é composto por marcas de alimentação (Cacau Show, McDonald’s, Pit Stop Skol, Subway e AM/PM), mas o topo ainda é liderado pelo Boticário, com 3.652 unidades, 5% a mais do que em 2020. Há duas estreantes entre as dez maiores, Gazin Semijoias, com 2.083 franquias — se tornando a maior microfranquia em operação no país —, e Ortobom, que retorna ao ranking, com 2.078 unidades.
Caio Gazin, CEO da Gazin Semijoias, diz que o principal fator para ter atingido esse resultado foi construir o negócio já de olho nas principais necessidades tanto dos clientes como dos franqueados. “Não vendemos algo que é um sonho, mostramos a realidade. Olhamos para a maior dor do franqueado e dos clientes e construímos o nosso negócio.”
Já Lúcio Margaronis, diretor de desenvolvimento e suporte da Ortobom, diz que a marca, que está no segmento de Casa e Construção — o que mais cresceu, segundo a ABF —, acabou se tornando uma alternativa em virtude do cenário econômico e novos hábitos de consumo. “Desde o início da pandemia, nós observamos um aquecimento no mercado de colchões e percebemos uma alta procura de candidatos que perderam seus empregos de carteira assinada e resolveram abrir seu próprio negócio”, afirma.
Ainda no top 10, as maiores variações foram da rede Seguralta – Bolsa de Seguros, que cresceu 26,9% em número de unidades e ficou com o nono lugar, e da Cacau Show, que cresceu 19,2%, chegou a 2.827 lojas e tirou o McDonald’s da vice-liderança. Redes como Burger King, CVC e Óticas Carol deixaram o top 10, mas ainda figuram entre as 20 maiores.
Em entrevista recente a PEGN, o diretor de canais da Cacau Show, Daniel Roque, falou sobre como a marca abriu 500 operações em 2021 — e como pretende abrir 1.000 em 2022. Apesar das operações reduzidas, de contêineres, terem ajudado a impulsionar o resultado (44% do total), a maior parte das unidades abertas (46%) foram do modelo smart.
Por outro lado, as redes que fecharam mais franquias, segundo o ranking, foram a CVC, com 18,2%, a Acqio, com variação negativa de 16,1%, e a Wizard by Pearson, com queda de 12,4%. A CVC, fortemente impactada pelo fechamento das fronteiras e pela restrição no turismo interno, priorizou canais digitais e fechou 200 lojas ao longo da pandemia. A rede disse a PEGN que já vem enxergando melhoras nas reservas desde o 4º trimestre de 2021, e que investiu na revisão e modernização das lojas no último ano. Agora, prevê um plano de incentivo às franquias, em linha com a retomada do setor.
A Acqio já vinha em um movimento de revisão do perfil dos franqueados desde 2020, que continuou ao longo de 2021. “A boa notícia é que já vemos uma aceleração na entrada de novos franqueados, então essa curva começa a se inverter neste ano”, diz Felipe Valença, CEO da Acqio. De acordo com ele, a projeção é passar de 350 franquias vendidas em 2022.
A Pearson, dona da Wizard, afirma ter feito uma reorganização ao longo de 2021, como a unificação de algumas unidades Wizkids (só para crianças) e Wizard, e migração de áreas com poucas operações para o modelo virtual WizardOn. Segundo a empresa, as modificações mantiveram o número de alunos, mas diminuíram a quantidade de escolas. Algumas que já apresentavam problemas operacionais foram, de fato, encerradas, mas o grupo afirma ter assinado 89 contratos para repor essas franquias e projeta mais 200 para 2022.
Como reflexo do atual momento econômico, as lojas tradicionais perderam espaço no sistema de franquias para outros modelos, caindo de 90% para 82%. Outros formatos, como home based e quiosques, ganharam espaço no setor.
Marcas com mais de 10 anos de atuação representam 71% do ranking. Já as franquias com menos tempo de vida, entre cinco e seis anos, passaram de 2% para 21% de representatividade. Das 52 marcas, 46 são brasileiras e 43 têm sede na região Sudeste. Oito marcas têm capital aberto, no Brasil ou no exterior: Arezzo, Burger King Brasil, CVC Brasil, Espaçolaser, Hering Store, Localiza, McDonald’s e Pit Stop Skol.
Fonte: PEGN
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